MÁRCIO SEVERINE
Começando pelo meu mantra, “Sem incentivos para compra do veículo, sem uma política industrial favorável, sem benefícios fiscais” e com alguns “stakeholders” do mercado automotivo se posicionando fortemente contra a eletrificação no Brasil, o mercado de veículos eletrificados segue crescendo.
Segundo informações da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), em 2024, em apenas sete meses, as vendas de veículos eletrificados (BEV, PHEV, HEV e MHEV) atingiram 94.616 unidades ultrapassando as vendas de todo o ano de 2023 quando foram comercializadas 93.927unidades.
Meu palpite é de que, com as novas marcas e lançamentos previstos para o segundo semestre, fecharemos o ano com 175.000 unidades de veículos eletrificados comercializados.
Esse movimento do consumidor se deve a tecnologia e preços oferecidos pelos novos “players”, forçando também a redução de preços dos produtos tradicionais.
Pari passu a expansão do mercado de veículos elétricos, a infraestrutura de recarga também se amplia para atender o crescente volume de veículos.
Os novos projetos de infraestrutura de recarga públicos e semipúblicos são qualitativa e quantitativamente superiores ao que se vinha praticando no mercado, passando a oferecer pontos de recarga mais robustos, seja na quantidade e/ou na potência dos equipamentos.
As soluções técnicas já existem, estão sendo implementadas, mas precisam acelerar.