A ABVE defendeu a indústria brasileira – tanto a nacional quanto as multinacionais instaladas no país – e apresentou propostas de políticas públicas para a eletromobilidade no Brasil, nos painéis do C-Move Brasília, evento iniciado nesta terça, 7/3.
Vários diretores da ABVE se revezaram nos painéis que discutiram a situação atual e o futuro do transporte público sustentável no país.
O presidente da ABVE, Adalberto Maluf, coordenou o painel sobre Política Industrial e Incentivos para a Montagem de Veículos Flex e Elétricos no Brasil.
Defendeu uma política nacional de eletromobilidade que possa integrar as metas subnacionais já existentes no Brasil e, assim, dar uma segura perspectiva de futuro, não apenas para as empresas e investidores, mas também para os potenciais consumidores de veículos elétricos.
Participaram também Thiago Sugahara (Great Wall Motors), Henrique Antunes (BYD), ambos diretores do Grupo de Veículos Leves da ABVE, e Wellington Damasceno, diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Todos foram unânimes em considerar a eletromobilidade um caminho irreversível no Brasil e no mundo, destacando a importância de o país adotar todas as tecnologias disponível de transporte sustentável, e não apenas os biocombustíveis.
Destacaram também que a inovação tecnológica embutida nos veículos elétricos e híbridos será decisiva para garantir a competitividade das indústrias automobilísticas brasileiras no mercado mundial e garantir os empregos de qualidade dos futuros trabalhadores brasileiros.
PESADOS
Em outro painel – A Indústria Nacional e os Impactos para a Eletromobilidade -, outros diretores da ABVE disseram que a indústria de ônibus elétricos instalada no Brasil tem tecnologia de qualidade e já demonstrou ter condições de produzir todos os veículos necessários à transição das frotas a diesel do transporte público.
Iêda de Oliveira (Eletra), diretora e coordenadora do Grupo de Veículos Pesados da ABVE, advertiu, porém, que cabe ao governo brasileiro assegurar o crescimento dessa indústria no Brasil – por exemplo, evitando zerar ou diminuir o imposto de importação de ônibus elétricos.
Citou exemplos de empresas com sólida presença na eletromobilidade e na indústria de transporte público no Brasil, todas brasileiras ou instaladas em território nacional, como WEG, BYD, Caio, Mercedes-Benz, Scania e outras, além da própria Eletra.
Também participaram desse painel Gilson Piovesan (WEG) e Clóvis Zapata (Unido-Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial), sob coordenação de Daniele Nadalim (McKinsey).
CARREATA
A programação do C-Move Brasília previu também uma carreata de veículos elétricos para comemorar o Dia da Mobilidade Elétrica na capital federal, neste dia 8.
O percurso previsto é:
- Saída do Brasil 21 Convention
- Eixo Monumental – Esplanada dos Ministérios;
- Contorno pela Praça dos Três Poderes;
- Volta pelo Eixo Monumental;
- Encerramento no Estádio Mané Garrincha.