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Novo GT-7 prepara Plano de Eletromobilidade

Margarete Gandini, diretora de desenvolvimento de indústrias de alta e média complexidade do MDIC, anunciou nesta terça, 4/7, no Senado, a reorganização do GT-7, com o objetivo de consolidar e lançar um Plano Nacional de Eletromobilidade no Brasil.

O GT-7 foi um grupo de trabalho que funcionou até 2018 para tratar de eletromobilidade no Brasil, com ampla participação de entidades como ABVE, Sindipeças e outras, além de setores do governo ligados à política automotiva no país.

O GT-7 deixou um projeto de plano nacional de eletromobilidade praticamente pronto no final de 2018, mas os trabalhos foram cancelados no governo passado, após dissolução do antigo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e sua incorporação ao extinto Ministério da Economia.

Segundo Margarete Gandini, o GT-7 será retomado nos próximos dias “com participação inicial de praticamente todos os setores que participaram antes”.

FRENTE PARLAMENTAR

O anúncio foi feito nesta terça-feira (5/7), durante a instalação da Frente Parlamentar da Eletromobilidade no Congresso Nacional, que será presidida pelo senador Rodrigo Cunha.

O lançamento da Frente e um plano nacional de eletromobilidade são duas das principais metas estratégicas da ABVE.

O objetivo do Plano Nacional de Eletromobilidade é definir as metas e diretrizes da descarbonização no Brasil nos três níveis de governo, além de oferecer segurança sobre os rumos do transporte sustentável para investidores, empresários e consumidores.

Segundo Margarete Gandini – uma das principais assessoras do ministro do atual MDIC e vice-presidente da República Geraldo Alckmin -, as próximas políticas industriais e automotivas no Brasil serão fortemente orientadas pela sustentabilidade ambiental, descarbonização da economia e eletromobilidade.

Presente ao lançamento da Frente Parlamentar, o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, colocou a entidade à disposição dos senadores e deputados para colaborar com os trabalhos.

“Uma das prioridades da ABVE é esclarecer todos os aspectos ainda pouco conhecidos sobre eletromobilidade e desfazer alguns mitos que ainda persistem” – disse Ricardo Bastos.

Citou como exemplo a suposta dificuldade de descarte de minerais usados nas baterias dos veículos elétricos, com os riscos ambientais daí decorrentes.

“Temos associados na ABVE que já oferecem soluções completas de segunda e até terceira vida de baterias de veículos elétricos e reciclagem praticamente total de todos os seus componentes” – disse.

“Procuraremos mostrar que a eletromobilidade cria uma série de novas oportunidades de negócios, e o reaproveitamento das baterias é apenas um deles”.

APOIO

A Frente Parlamentar pela Eletromobilidade se instalou numa reunião na Sala 3 da Ala Alexandre Costa, do Senado Federal, com adesão inicial de 24 senadores e dez deputados federais.

A Frente é uma iniciativa do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que também a presidirá. O vice-presidente será um deputado federal, a ser definido na próxima semana.

“O objetivo do nosso trabalho é debater a eletromobiliadade em profundidade com a sociedade brasileira. Ninguém pode escapar ou ficar alheio às novas tecnologias” – disse o senador.

Participaram também dirigentes de outras entidades ligadas à eletromobilidade no Brasil, como Abravei, Abeifa, Leob e ABDS.

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