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Presidente da ABVE destaca momento histórico do mercado brasileiro da eletromobilidade

Ricardo Bastos diz no Electric Days que outubro foi um mês histórico, com 16.033 emplacamentos de veículos eletrificados

 

O cenário otimista da eletromobilidade no Brasil foi destaque no primeiro dia do Electric Days, evento realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo (SP).

Durante a sua apresentação, Ricardo Bastos, presidente da ABVE, destacou que outubro foi o terceiro melhor mês da série histórica da Associação, com 16.033 emplacamentos de veículos eletrificados leves.

No acumulado de janeiro a outubro de 2024, o Brasil vendeu 138.581 eletrificados, ultrapassando em 48% o total de vendas de 2023, que foi de 93.927 veículos.

Ele também mostrou dados da ABVE sobre a evolução da infraestrutura de recarga pública e semipública no Brasil, que chegou a 10.622 pontos de carregamento em agosto (9.506 AC e 1.109 DC).

“Outubro veio nos mostrar mais vez que os plug-in estão dominando o mercado com 70% das vendas. É importante ressaltar que os pontos de recarga vão ajudar muito no crescimento dos elétricos no Brasil” – disse Ricardo Bastos.

“A evolução da eletromobilidade brasileira também tem de vir da iniciativa privada, que está investimento em infraestrutura de recarga”.

O presidente da ABVE afirmou que o foco das empresas deve ser o investimento em carregadores públicos rápidos (DC), pois o mercado avança rapidamente para os veículos eletrificados plug-in (com recarga externa).

INTERIORIZAÇÃO

Ricardo Bastos também destacou a interiorização da eletromobilidade. Dados da ABVE Data mostram que, de janeiro a outubro, 46% das vendas de eletrificados leves ocorreram fora das capitais; destes, 74%, ou seja, 47.009 veículos, foram elétricos plug-in.

“Eu vejo que montadores e empresas estão investindo bastante na interiorização e esse é um passo muito importante para o desenvolvimento da eletromobilidade nessas cidades”.

O presidente da ABVE elencou também os desafios do mercado da eletromobilidade no Brasil. Entre eles, incerteza regulatória para investimentos em eletromobilidade, políticas públicas fragmentadas, ausência de um Plano Nacional de Eletromobilidade, baixo investimento em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento e linhas de crédito ou incentivos ainda pouco estimulantes.

OPORTUNIDADES

 Ricardo Bastos mostrou que o cenário atual abre muitas oportunidades para a eletromobilidade. “Nós temos a matriz de geração de eletricidade mais renovável do G20, os consumidores brasileiros são amigáveis às novas tecnologias, as empresas estão dispostas a investir em infraestrutura de recarga e produção local de veículos elétricos”.

“Além disso, temos uma base industrial relativamente diversificada e uma sólida cadeia produtiva nacional de ônibus elétricos, temos também sinergias com indústria de etanol e biocombustíveis e reservas de minerais estratégicos” – afirmou.

 

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