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Lula promete apoio ao ônibus elétrico brasileiro

Numa visita à nova sede da Eletra, nesta sexta-feira (2/6), em São Bernardo do Campo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conheceu os novos modelos de ônibus elétricos produzidos no Brasil e prometeu apoio às empresas nacionais de transporte público sustentável.

“É muito importante nossa parceria com a China, mas prefiro que sejam comprados os ônibus nacionais” – disse.

O presidente defendeu a participação ativa do governo nas políticas públicas de apoio à conversão das frotas de transporte público a diesel para veículos elétricos.

“O Estado tem um papel essencial, cabe ao Estado brasileiro garantir a sobrevivência da indústria brasileira”.

Lula percorreu as instalações da empresa, posou para fotografias com os funcionários e fez um discurso para 300 convidados, num palco instalado num pavilhão industrial.

Também participaram da comitiva o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento (MDIC), Geraldo Alckmin, além de sete ministros.

Entre eles: Fernando Haddad (Fazenda), Renan Filho (Transportes), Márcio França (Portos e Aeroportos), Camilo Santana (Educação), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e  Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

Ricardo Bastos, presidente da ABVE (e), ministro da Fazenda Fernando Haddad e Iêda de Oliveira, diretora da Eletra

ABVE

O presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Ricardo Bastos, um dos convidados, comemorou.

“Foi um evento importantíssimo para apresentar a realidade dos investimentos, empregos e tecnologia da indústria da mobilidade elétrica para o presidente, vice-presidente, ministros, prefeitos e autoridades locais”.

A diretora executiva da Eletra, Iêda de Oliveira, também coordenadora do Grupo de Veículos Pesados da ABVE, disse que a visita presidencial representa um ponto de virada para a indústria do transporte sustentável no Brasil.

“Foi um evento emblemático para a Eletra, para a indústria nacional e para a eletromobilidade,” – afirmou Iêda. “Apresentamos ao presidente veículos totalmente fabricados no Brasil, com tecnologia desenvolvida no país”.

O presidente Lula discursou num palco rodeado pelos novos modelos de ônibus elétricos produzidos pela Eletra e parceiros estratégicos.

Os ônibus têm tecnologia de tração elétrica e eletrificação Eletra, carroceria eMillennium Caio, chassis Mercedes-Benz e Scania e baterias, inversores e motores elétricos WEG.

PERSISTÊNCIA

Lula elogiou a persistência da fundadora da Eletra, a empresária Maria Beatriz Setti Braga, afirmando que há mais de 20 anos ela defendia ônibus elétricos brasileiros, quando pouco acreditavam na ideia.

“Mulher é teimosa, e a Beatriz é uma mulher teimosa” – disse o presidente.

Ao final do evento, Lula embarcou num dos ônibus elétricos e percorreu o pátio interno da empresa, até o estacionamento dos veículos da comitiva presidencial.

O ônibus foi conduzido pela presidente da Eletra, Milena Romano, que tem carteira de habilitação específica para dirigir veículos de transporte público.

Em seu discurso, Milena Romano mencionou um artigo recente escrito por Lula  e o vice-presidente Geraldo Alckmin, defendendo a “neoindustrialização” do Brasil.

“Acredito que os senhores têm aqui na Eletra um bom exemplo dessa nova indústria que está nascendo em nosso País” – disse ela.

“Uma indústria focada no transporte limpo e sustentável, na descarbonização da economia e na melhoria da qualidade de vida nas grandes cidades”.

INVESTIMENTOS

A Eletra, empresa brasileira fundada em 1999, mudou-se para um novo prédio de 27 mil m² no km 16 da Via Anchieta, onde terá capacidade para produzir 150 ônibus elétricos/mês, ou até 1.800/ano.

A ampliação da capacidade faz parte de um plano de investimentos de R$ 150 milhões, cujo objetivo é posicionar a empresa como líder latino-americana e global na produção de ônibus elétricos.

Segundo estimativas do Grupo de Veículos Pesados da ABVE, a cadeia produtiva do ônibus elétrico no Brasil terá capacidade para gerar cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos nos próximos três anos.

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